Vinha no outro dia a conduzir o meu GP quando o ipod, ao fazer shuffle passou pelos The Gathering. Banda Holandesa que nasceu por meados de 89/90 em Oss e continua ainda hoje quase passados 20 anos a fazer as minhas delicias. Foi por volta do Mandylion (95) (ou pouco depois da sua edição) que tive o primeiro contacto com estes senhores. Nesses tempos, ainda a juke-box tinha matinés e sessões nocturnas do além com góticos medonhos de pinturas mal feitas.Eu não me escapava como é óbvio. Sedento por pertencer á suposta contra cultura e inserir-me num meio cheio de pessoas deprimidas e com problemas foi por alguns anos o meu objectivo.
Por todo o lado já o electro dava cartas... e dado que todos os com dois dedos de testa já tinham enterrado o movimento gótico há pelo menos meia década, eu também o fui lentamente enterrando. Contrariamente a outras bandas de por exemplo black metal que deixei por completo de ouvir por não ter pachorra para faixas épicas de 15 minutos, lá fui continuando a ouvir bandas como The Gathering. Segue-se a discografia completa da banda.
Studio albums * Always... (1992) * Almost a Dance (1993) * Mandylion (1995) * Nighttime Birds (1997) * How to measure a planet? (1998) * if_then_else (2000) * Souvenirs (2003) * Home (2006) Live albums * Superheat (2000) * Sleepy Buildings - A Semi Acoustic Evening (2004) * A Noise Severe (2007) EPs * Adrenaline / Leaves (1996) * Amity (2000) * Black Light District (2002) Singles * Strange Machines (1995) * Kevin's Telescope (1997) * The May Song (1997) * Liberty Bell (1998) * Rollercoaster (2000) * Monsters (2003) * You Learn About It (2003) * Alone (2006)
Fica para mim , a melhor musica de The Gathering, In Motion #1 pouco depois da Anneke ter parido e de eu a ter visto em todo o seu potencial no paradise garage em Lisboa. A Moça saiu da banda, e honestamente para mim The Gathering terminou. Ela era quem marcava a diferença, pelo sentimento impresso a cada música e por nos dar aqueles arrepios na espinha que só alguns nos conseguem dar
Musica pesada, sombria e com sentimentos, mas sem pretenciosismos. É isto que é o gótico.
Só naquela de confirmação, sim estou a escrever uma review ao mais recente album dos BSS. Ao primeiro ouvido lembrei-me de dois conceitos assim derrepente : BREAKBEAT & NINTENDOCORE, ignorando a obvia (e infeliz ?) ligação a raizes africanas que não fazem de todo o meu gosto. De valorizar a integração de M.I.A (http://www.myspace.com/mia) no single Sound Of Kuduro que é para mim a musica que melhor espelha o espirito dos BSS enquanto banda. O album para mim é música africana disfarçada porque no fundo é breakbeat com momentos que nos faz lembrar os jogos de video das velhinhas nintendo. Só assim se explica o porque de tanta gente que nunca tolerou sequer kizombas/kuduros/funanás & semelhantes se sinta estranhamente confortavel com estes tipos. Isto mais o facto de eles ao vivo serem o verdadeiro act...e é ao vivo que toda a "magia" africana com a envolvencia da repetição do beat levada ao extremo mete toda a gente, mesmo os mais indiferentes a dançar e curtir o som deles. Mas voltando ao album. Apenas gostei de 4 musicas assim no imediato :
01 LuandaLisboa (feat. Dj Znobia) : bom ritmo, dá pa abanar o pezinho 02 Sound of Kuduro (feat M.I.A., Dj Znobia, Saborosa, Puto Prata) : Mia, adorooooo 03 Aqui para Voces (feat. Deize Tigrona) : fez-me lembrar muito bônde do rolê , mas não me parece que esteja relacionado. 04 Kalemba (Wegue Wegue) feat Pongo Love : outra orelhuda, é impossivel não ficar no ouvido.
O resto honestamente soou-me a mais do mesmo . Confesso que o EP ficou-me mais no ouvido e não sendo de todo um estilo musical que é o my piece of cake , é um album que frequentemente oiço